O consumo excessivo do açúcar,
principalmente o refinado, muitas vezes passa despercebido nas dietas. Mas esse
comportamento é crescente e tem sido apontado como a principal causa do
crescimento de diversas doenças crônicas, como obesidade, diabetes, problemas
cardiovasculares, hipertensão e câncer.
A nutricionista Cyntia Bassi, do Hospital e Maternidade São
Cristóvão, explica que o açúcar é considerado uma importante fonte de energia,
além de estimular a produção cerebral de serotonina, uma substância ligada ao
prazer.
“Dentro do limite aceitável pela Organização Mundial de Saúde,
que recomenda não ultrapassar 10% do valor calórico total da dieta, pode trazer
benefícios à saúde. Optar por consumir boas fontes de açúcar como frutas,
leite, chocolate amargo, em vez de doces e refrigerantes, por exemplo, deve ser
incentivado, porque agrega-se com a escolha correta outros nutrientes que fazem
bem ao organismo”, afirma.Os adoçantes são considerados bons substitutos do açúcar, por
serem praticamente isentos de calorias. Porém, seu uso não deve ser
indiscriminado e é necessário se atentar para que o consumo de alimentos não
aumente em virtude do uso do adoçante.
Sendo assim, a melhor alternativa é utilizar os adoçantes
naturais. “Quando extraído da natureza, o açúcar mais conhecido, o refinado,
passa por um processo para tornar-se mais branco e soltinho, mas nesse momento
são eliminados da sua composição as fibras, vitaminas e minerais e acrescentado
diversos produtos químicos que aumentam a lista de malefícios associados ao
alimento. Por isso sempre que possível, é importante evitar o consumo ou
substituir por outro tipo de adoçante”, recomenda a nutricionista.
Veja algumas opções de adoçantes naturais e
seus benefícios
Mel: Constituído por frutose e glicose, é um bom
substituto ao açúcar refinado, por ser fonte de carboidratos, vitaminas do
complexo B e minerais, além de possuir ação antifúngica e bactericida. Mas não
deve ser consumido por diabéticos, porque eleva a glicemia e, em grande
quantidade, aumenta o valor calórico. Quando aquecido sofre perdas nutricionais
significativas.
Melado de cana: É um produto natural extraído da cana, que
preserva maior quantidade de nutrientes como cálcio, fósforo e ferro. Porém,
possui o mesmo teor de calorias que o açúcar refinado e, por alterar a
glicemia, não é uma opção para indivíduos diabéticos.
Néctar
de agave: Extraído
através de um cactus comum no México, é um adoçante natural com coloração
amarela clara, odor agradável e textura semelhante ao mel. Por ser rico em
frutose e com poder adoçante maior que o açúcar, pode ser utilizado pelos
diabéticos. É um bom substituto do açúcar refinado também para indivíduos
saudáveis, pois alguns estudos apontam melhora na flora intestinal após sua
utilização regular, além de possuir melhor valor nutricional.
Estévia: Obtido através de uma planta de origem
indiana, está entre as opções mais saudáveis, já que é um adoçante natural.
Possui poder adoçante 300 vezes maior que o açúcar, não adiciona calorias à
dieta e não causa alteração glicêmica.
Açúcar
mascavo: Obtido
através das primeiras extrações da cana, possui menor valor calórico e preserva
alguns minerais, como cálcio, magnésio e potássio. Também não deve ser
utilizado por diabéticos. Se for cultivado e processado sem o acréscimo de
produtos químicos, mantém valor nutricional melhor.
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