Vou a ou à Brasília? Vou a ou à Bahia?
O certo é: “Vou a Brasília” e “Vou à Bahia”.
Por que só ocorre crase no segundo
caso?
Quando vamos, sempre vamos a algum lugar. O verbo IR pede a
preposição “a”. O problema é que o nome do lugar aonde
vamos às vezes vem antecedido de artigo definido “a”, às vezes não.
Enquanto Brasília não admite artigo definido, a Bahia é antecedida
do artigo definido “a”. Isso significa que você “VAI À BAHIA”
(=preposição “a”
do verbo IR + artigo definido “a”
que antecede a Bahia) e que você “VAI A BRASÍLIA” (=sem crase, porque só há a
preposição “a”
do verbo IR).
Se você quer saber com mais
rapidez se deve IR À ou A algum lugar (com ou sem o acento da crase), use o
seguinte “macete”:
Antes de IR, VOLTE.
Se você volta “DA”, significa
que há artigo: você vai “À”;
Se você volta “DE”, significa
que não há artigo: você vai “A”.
Exemplos:
“Você volta DA Bahia”
> “Você vai à Bahia.”
“Você volta DE Brasília”
> “Você vai a Brasília.”
Vamos testar o “macete” em
outros exemplos:
“Vou à China.” (=volto DA China)
“Vou a Israel.” (=volto DE Israel)
“Vou à Paraíba.” (=volto DA Paraíba)
“Vou a Goiás.” (=volto DE Goiás)
“Vou a Curitiba.” (=volto DE Curitiba)
“Vou à progressista Curitiba.” (=volto DA
progressista Curitiba)
“Vou à Barra da Tijuca.” (=volto DA Barra da
Tijuca)
“Vou a Botafogo.” (=volto DE Botafogo)
No Rio de Janeiro, a linha 1 do
nosso metrô é bem interessante: só ocorre crase num caso:
“Vou à Tijuca.” (=volto DA Tijuca);
“Vou a Ipanema.” (=volto DE Ipanema).
É importante lembrar que este “macete” não se aplica a todos os
casos de crase. Na verdade, ele resolve o problema das “viagens”: IR à ou a, DIRIGIR-SE à ou a, VIAJAR à ou a, CHEGAR à ou a…
Vamos testar o “macete”.
“Uma estrada liga a Suíça a Itália; outra liga a Espanha a Portugal.”
Em que “estrada” ocorre crase?
Você acertou se respondeu a
primeira. Por quê?
Porque só há artigo definido antes da Itália. Observe o
“macete”: “volto DA Itália” e “volto DE Portugal”. Portanto: “Uma estrada liga
a Suíça à Itália; outra liga a Espanha a Portugal.”
Vou à ou a Roma? Vou à ou a antiga Roma?
O certo é: “Vou a Roma” e “Vou à antiga Roma”.
Podemos usar o “macete” do
verbo VOLTAR:
“Volto DE Roma” e “Volto DA
antiga Roma”.
Observe que não há artigo antes
de Roma. O artigo aparece se houver um adjetivo ou termo equivalente:
“Vou a Paris.” (=volto DE Paris)
“Vou à Paris dos meus sonhos.” (=volto DA
Paris dos meus sonhos)
“Vou a Porto Alegre.” (=volto DE Porto
Alegre)
“Vou à bela Porto Alegre.” (=volto DA bela
Porto Alegre)
“Vou a Londres.” (=volto DE Londres)
“Vou à Londres do Big Ben.” (=volto DA
Londres do Big Ben)
VOCÊ SABIA…
…que o segredo era guardado a
“quatro chaves”, e não “a sete chaves”?
Quem já não ouviu alguém dizer
que tal objeto está trancado a sete chaves? Ou que o segredo ou sigilo será
guardado a sete chaves?
Pois é, essa é uma expressão
muito popular da nossa língua, seja para dizer que um objeto está guardado num
local muito seguro, seja para dar ideia de que um segredo será guardado a
qualquer custo. Mas como surgiu essa expressão?
Na realidade, a origem dessa
expressão está em outro país e num número diferente de chaves.
Em Portugal, no século XII,
existiam arcas de madeira muito sólida que possuíam quatro – e não sete –
fechaduras. Nessas arcas eram guardados documentos, segredos, ouro, joias e
outros objetos de valor relevante para o governo português. Cada uma das quatro
chaves era entregue a ocupantes de cargos de confiança no governo e às vezes
até o próprio rei portava uma das chaves. Assim, essas arcas só podiam ser
abertas se os quatro portadores das chaves as utilizassem ao mesmo tempo.
Acredita-se que a expressão se
refere a sete e não quatro chaves, devido à mística que envolve o número
cabalístico sete, como em “hidra de sete cabeças”, “serpente de sete línguas”
ou “botas de sete léguas”.
Crítica dos leitores
Lemos em alguns jornais: “Homossexuais e lésbicas…”
Nossos leitores têm razão. Há
quem pense que “homo” de homossexuais venha de “homem”. “Homo” significa
“igual”; portanto as lésbicas também são homossexuais. Não é uma questão de
preconceito. É desconhecimento da origem da palavra e do seu real significado.
O DESAFIO
Quinquênio é um
período de…
a) cinco anos;
b) quinze
anos;
c) cinquenta
anos.
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impulsão
repelir >>
repulsão
1.3. Substantivos
derivados dos verbos TER e TORCER >> -ÇÃO.
ater >>
atenção
reter >>
retenção
deter >>
detenção
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