Agradeço
aos atentos internautas que me alertaram sobre a mudança na lei sobre a configuração
do crime de estupro. No post anterior
deste blog escrevi
que “segundo a lei, ESTUPRO é só de mulheres”. A Lei nº 12.015, de 7 de agosto
de 2009, alterou a redação do artigo 213 do Código Penal e ampliou ampliou a
criminalização do estupro para vítimas de todos os gêneros .
O texto original dizia “Constranger mulher, mediante violência
ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele
se pratique outro ato libidinoso”. Na mudança, foi retirada a palavra “mulher”
e inserida a palavra “alguém”. Veja a íntegra da lei.
Já a configuração de rapto como
crime foi revogada pela Lei nº 11.106, de 2005.
O post anterior foi corrigido.
Meu caro leitor, está havendo
uma confusão muito grande.
1o) FORMAS REBUSCADAS é o objeto direto da voz ATIVA
(=deve evitar as formas rebuscadas) e sujeito da VOZ PASSIVA (=devem-se evitar
as formas rebuscadas);
2o) A partícula SE é apassivadora. “Devem-se evitar
as formas rebuscadas” (=voz passiva sintética) corresponde a “As formas
rebuscadas devem ser evitadas” (=voz passiva analítica). O termo “as formas
rebuscadas” é o sujeito das duas frases.
3o) “Devem evitar” e “deve assistir” são locuções
verbais.
4o) A diferença está no verbo principal: EVITAR é
transitivo direto e ASSISTIR é transitivo indireto.
5o) Só podemos fazer voz passiva se houver objeto
direto na voz ativa para transformar-se no sujeito da voz passiva: “Ele deve
evitar as formas rebuscadas (OD)” > “As formas rebuscadas (SUJEITO) devem
ser evitadas” = “Devem-se evitar as formas rebuscadas (SUJEITO)”. O verbo deve
concordar no PLURAL porque o sujeito está no plural.
6o) Em “Deve-se assistir (TI) a todos os jogos (OI)”
não há objeto direto para virar o sujeito da voz passiva. Nesse caso, a
partícula SE é indeterminadora do sujeito. Consequentemente o verbo deve
concordar no SINGULAR.
CO-HABITAR ou COHABITAR ou COABITAR?
Segundo o novo acordo ortográfico, não usaremos mais hífen após
o prefixo CO. Assim sendo, deveremos escrever sempre “junto”, sem hífen:
copiloto, cotangente, cosseno, cooperar, colaborar, coirmão, cofundador,
corresponsável, coprodução.
A resposta correta, portanto, é
COABITAR. A perda do H se deve ao fato de só haver o H mudo no início das
palavras ou com hífen: coabitante, coerdeiro, reaver, desumano, subumano ou
sub-humano, mal-humorado, super-homem…
EMINENTE ou IMINENTE?
PRESCREVER ou PROSCREVER?
Leitor quer saber:
a) “O perigo
era tão grande que já era EMINENTE ou IMINENTE”?
b) “O prazo
de validade já PROSCREVEU ou PRESCREVEU”?
O correto é:
a) “O perigo
era tão grande que já era IMINENTE”
b) “O prazo
de validade já PRESCREVEU”
“O perigo era…IMINENTE.” (=que
ameaça cair sobre alguém ou
alguma coisa; que está para
acontecer);
“O prazo…PRESCREVEU.” (=ficou
sem efeito por ter decorrido o
prazo legal; perdeu a
validade).
Resumindo:
a) IMINENTE é
o que está para ocorrer imediatamente, em breve;
EMINENTE é importante; pessoa
que ocupa cargo ou função elevada;
b) PRESCREVER
é receitar ou perder a validade, expirar o prazo;
PROSCREVER é banir, expulsar ou
proibir.
Há crase ou não?
Leitor quer saber qual é a
forma correta:
a) “Em
resposta À ou A reclamação acima citada”?
b) “De acordo
com o diretor, o descumprimento das diretrizes
estabelecidas será considerado
transgressão disciplinar sujeita À ou A advertência escrita,
suspensão e, finalmente, desligamento da empresa”?
Respostas:
a) “Em resposta à reclamação
acima citada.” (=”Em resposta AO pedido acima citado”);
b) “…sujeita a advertência
escrita, suspensão e…” (=”…sujeita A elogio escrito, suspensão…”
A diferença é a presença do
artigo para definir “a reclamação acima citada” na frase (a). Na frase (b), não
há crase porque não há artigo antes de advertência (palavra tomada no sentido
genérico, indeterminado, não específico).
serC
> o ^ �� an> tornar). Essa colocação do pronome
átono após o verbo auxiliar é raríssima no português do Brasil. A maioria dos
brasileiros diria “Corinthians pode se tornar…” (sem
hífen = próclise do verbo principal).
Eu prefiro a ênclise do infinitivo: “Corinthians pode
tornar-se campeão no
domingo”.
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